Somos seres fracos, somos de carne e obrigados a viver uma vida, como se fôssemos de ferro

Somos seres fracos, somos de carne e obrigados a viver uma vida, como se fôssemos de ferro

O ser humano tem sido cada vez mais provado, tanto físico, como psicologicamente. Sabe-se que em nosso tempo, o tempo é curto e a produção tende só a aumentar. Se a produção aumenta e o tempo se torna menor, logo o homem tem que se habituar em fazer o que ele fazia anteriormente, em uma hora ou duas, reduzindo assim para meia hora, ou menos.
É claro, o que foi dito a cima é apenas um exemplo, para chegarmos a conclusão que os tempos mudaram e tudo está diferente. Poderemos então nos questionar, o que estas mudanças trazem a nós seres humanos? Quais os perigos que nos cercam? O que fazer para não se tornar vitima de uma depressão? O que devemos esperar mais?
É difícil alguém que não conhece ao menos uma pessoa que esteja com depressão, seja na própria família, algum amigo ou conhecido. Esta doença que atinge não só o psiquismo, mas também se somatiza ao físico, são sintomas de um mundo globalizado, capitalista, industrial em que vale mais ter do que ser. Estamos cada vez mais, menos humanos e mais maquinas. Maquinas preparadas para produzir, e que a subjetividade não é tão importante quanto a atividade profissional. Sem dúvida estes sãos os principais fatores que estão fazendo um mundo doente, um mundo individualista, onde todo mundo fica em seu mundo, não se importando com o que está no intimo do sujeito. Mas também, o homem não é capaz de identificar, nem ao menos seus próprios sentimentos. Muito barulho, pouco discernimento, pouco tempo para a escuta.
Não é a toa que em 10 Anos o consumo de Rivotril aumentou tanto nos últimos anos. A sociedade fica doente e cada vez mais necessita de medicamentos para sanar suas dores psicológicas, físicas e sociais.
Talvez devemos repensar nossos conceitos de sociedade, quem sabe uma reeducação social, ou então devemos aprender por si só a viver com um coração de ferro, mesmo sendo de carne, pois assim somos obrigados a viver.