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Sigmund Freud - O Homem que revolucionou o século XX
Introdução
Sigismund Schlomo
Freud mais conhecido como Sigmund Freud nasceu em Freiberg,
Tchecoslováquia (na época pertencente aoImpério Austríaco, onde é hoje a República Checa), em 6 de
maio de 1856. De família Judaica. Este grande nome da psicanálise foi o
responsável pela revolução no estudo da mente humana.
Biografia
Sigmund Freud era filho deJacob Freud(um judeu proveniente daGalíciae
comerciante delã) e de sua terceira mulher,Amalie Nathanson(1835-1930). Nascido com o
nome deSigmund Schlomo Freudem1856, Freud mudou-se para Viena em1860, quando tinha quatro anos de idade, por causa de problemas
financeiros e de problemas de saúde de sua família
Formado em medicina e especializado em tratamentos para doentes
mentais, ele criou uma nova teoria. Esta estabelecia que as pessoas que ficavam
com a mente doente eram aquelas que não colocavam seus sentimentos para fora.
Segundo Freud, este tipo de pessoa tinha a capacidade de fechar de tal maneira
esses sentimentos dentro de sua mente, que, após algum tempo, esqueciam-se da
existência.
Freud
ingressou na Universidade de Viena aos 17 anos. Ele planejava estudar direito
mas, ao invés disso, entrou para a faculdade de medicina, onde seus estudos
incluíram filosofia, com o professor Franz Brentano, fisiologia, com o
professor Ernst Brücke e zoologia, com o professor darwinista Carl Friedrich
Claus.[8] Em 1876, Freud passou quatro semanas na estação zoológica de Claus em
Trieste, dissecando o sistema reprodutor masculino de centenas de enguias, num
estudo que se revelou inconclusivo.
Os primeiros anos de Freud são pouco conhecidos, já que ele
destruiu seus escritos pessoais em duas ocasiões: a primeira em 1885 e
novamente em 1894. Além disso, seus escritos posteriores foram protegidos
cuidadosamente nos Arquivos de Sigmund Freud, aos quais só tinham acesso Ernest
Jones (seu biógrafo oficial) e uns poucos membros do círculo da psicanálise. O
trabalho de Jeffrey Moussaieff Masson pôs alguma luz sobre a natureza do
material oculto.
Os
estudos na universidade tomaram-lhe inesperadamente bastante tempo até a
graduação, em 1881. Registros de amigos que o conheciam naquela época, assim
como informações nas próprias cartas escritas por Freud, sugerem que ele foi
menos diligente nos estudos de medicina do que devia ter sido. Em lugar dos
estudos, ele atinha-se à pesquisa científica, inicialmente pelos estudos dos
órgãos sexuais de enguias — um estranho, mas interessante presságio das teorias
psicanalíticas que estariam por vir vinte anos mais tarde. De acordo com os
registros, Freud completa tal estudo satisfatoriamente, mas sem distinção
especial. Em 1877, desapontado com os resultados e talvez menos excitado em
enfrentar mais dissecações de enguias, Freud vai ao laboratório de Ernst
Brücke, que torna-se seu principal modelo de ciência.
Freud,
então, conhece Martha Bernays, e parece ter sido amor à primeira vista. O seu
desejo de desposar Martha, o baixo salário e as poucas perspectivas de carreira
na pesquisa científica fazem-no abandonar o laboratório e a começar a trabalhar
no Hospital Geral, o principal hospital de Viena, passando por vários
departamentos do mesmo. O próprio Brücke aconselha-o a mudar, apesar de seu bom
desempenho e com razão, já que Freud precisava ganhar dinheiro.
No
hospital, depois de algumas desilusões com o estudo dos efeitos terapêuticos da
cocaína — com inclusive um episódio de morte por overdose de um amigo da época
do laboratório de Brücke —, Freud recebe uma licença e viaja para a França,
onde trabalha com Charcot, um respeitável psiquiatra do hospital psiquiátrico
Saltpêtrière que estudava a histeria.
De volta
ao Hospital Geral e entusiasmado pelos estudos de Charcot, Freud passa a
atender, na maior parte, jovens senhoras judias que sofriam de um conjunto de
sintomas aparentemente neurológicos que compreendiam paralisia, cegueira
parcial, alucinações, perda de controle motor e que não podiam ser
diagnosticados com exames. O tratamento mais eficaz para tal doença incluía, na
época, massagem, terapia de repouso e hipnose.
Em 14 de
Setembro de 1886, em Hamburgo, Freud casou-se com Martha Bernays com a ajuda
financeira de alguns amigos mais abastados, dentre eles Josef Breuer, um colega
mais velho da faculdade de medicina.[10]
Em 1905. Foi com
as discussões de casos clínicos com Breuer que surgiram as ideias que
culminaram com a publicação dos primeiros artigos sobre a psicanálise. O
primeiro caso clínico relatado deve-se a Breuer e descreve o tratamento dado a
uma paciente (Bertha Pappenheim, chamada de "Anna O." no livro), que
demonstrava vários sintomas clássicos de histeria. O método de tratamento
consistia na chamada "cura pela fala" ou "cura catártica",
na qual o ou a paciente discute sobre as suas associações com cada sintoma e,
com isso, os faz desaparecer.[9] Esta técnica tornou-se o centro das técnicas
de Freud, que também acreditava que as memórias ocultas ou
"reprimidas" nas quais baseavam-se os sintomas de histeria eram
sempre de natureza sexual. Breuer não concordava com Freud neste último ponto,
o que levou à separação entre eles logo após a publicação dos casos clínicos.
Na
verdade, inicialmente, a classe médica em geral acaba por marginalizar as
ideias de Freud; seu único confidente durante esta época é o médico Wilhelm
Fliess. Depois que o pai de Freud falece, em outubro de 1896, segundo as cartas
recebidas por Fliess, Freud, naquele período, dedica-se a anotar e analisar
seus próprios sonhos, remetendo-os à sua própria infância e, no processo,
determinando as raízes de suas próprias neuroses. Tais anotações tornam-se a
fonte para a obra A Interpretação dos Sonhos. Durante o curso desta
autoanálise, Freud chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos
a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade em relação a seu pai. É o famoso
"complexo de Édipo", que se torna o coração da teoria de Freud sobre
a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Nos
primeiros anos do século XX, são publicadas suas obras A Interpretação dos
Sonhos e A psicopatologia da vida cotidiana. Nesta época, Freud já não mantinha
mais contato nem com Josef Breuer, nem com Wilhelm Fliess. No início, as
tiragens das obras não animavam Freud, mas logo médicos de vários lugares —
Eugen Bleuler, Carl Jung, Karl Abrahams, Ernest Jones, Sandor Ferenczi —
mostram respaldo às suas ideias e passam a compor o Movimento
Psicanalítico.
Por sua
vida inteira, Freud teve uma posição financeira modesta. Josef Breuer foi, no
início, um aliado de Freud em suas ideias e também um aliado financeiro.
Freud
criou o termo "psicanálise" para designar um método para investigar
os processos inconscientes e de outro modo inacessíveis do psiquismo.
Nos
tempos do nazismo, Freud perdeu quatro das cinco irmãs nos campos de
concentração: Regine (Rosa) em Auschwitz, Mitzi (Marie) em Theresienstadt,
Dolfi (Esther Adolfine) e Paula (Pauline) em Treblinka. Embora Maria Bonaparte
tenha tentado tirá-las do país, elas foram impedidas de sair de Viena pelas
autoridades nazistas.[12]
Morou em
Viena até 1938, quando, após a anexação da Áustria à Alemanha nazista, em razão
de sua etnia judaica, refugiou-se na Inglaterra, onde já se encontrava parte de
sua família.
Freud
morre de cancro no palato aos 83 anos de idade (passou por trinta e três
cirurgias). Supõe-se que tenha morrido de uma dose excessiva de morfina.[9]
Freud sentia muita dor, e segundo a história contada, ele teria dito ao médico
que lhe aplicasse uma dose excessiva de morfina para terminar com o sofrimento,
o que seria eutanásia.
Encontra-se
sepultado no crematório de Golders Green, no bairro de Golders Green, em
Londres, na Inglaterra.[13]
Freud e Martha tiveram seis filhos: Mathilde, nascida em 1887,
Jean-Martin, nascido em 1889, Olivier, nascido em 1891, Ernst, nascido em 1892,
Sophie, nascida em 1893 e Anna, nascida em 1895. Um deles, Martin Freud,
escreveu uma memória intitulada Freud: Homem e Pai, na qual descreve o pai como
um homem que trabalhava extremamente, por longas horas, mas que adorava ficar
com suas crianças durante as férias de verão. Anna Freud, filha de Freud, foi
também uma psicanalista destacada, particularmente no campo do tratamento de
crianças e do desenvolvimento psicológico. Sigmund Freud foi avô do pintor
Lucian Freud e do ator e escritor Clement Freud, e bisavô da jornalista Emma
Freud, da desenhista de moda Bella Freud e do relações públicas Matthew Freud.
Freud teve alguns pacientes cujo os estudos foram publicados,
entre eles estão: Anna O.; Dora; O
Pequeno Hans entre outros.
Teoria e métodos
Em suas teorias, Freud afirma que os pensamentos humanos são
desenvolvidos por processos diferenciados, relacionando tal ideia à de que o
nosso cérebro trabalha essencialmente no campo da semântica, isto é, a mente
desenvolve os pensamentos num sistema intrincado de linguagem baseada em
imagens, as quais são meras representações de significados latentes. Em
diversas obras, como "A Interpretação dos Sonhos", "A
Psicopatologia da Vida Cotidiana" e "Os Chistes e suas Relações com o
Inconsciente", Freud não só desenvolve sua teoria sobre o inconsciente da
mente humana, como articula o conteúdo do inconsciente ao ato da fala,
especialmente aos atos falhos.[3] Para Freud, a consciência humana subdivide-se
em três níveis: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente – o primeiro contém o
material perceptível; o segundo, o material latente, mas passível de emergir à
consciência com certa facilidade; e o terceiro contém o material de difícil
acesso, isto é, o conteúdo mais profundo da mente, que está ligado aos
instintos primitivos do homem.
A partir de sua teoria, este grande psicanalista resolveu tratar
esses casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do
método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes
falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça.
Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos
“reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam
somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses
sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças
mentais.
O objetivo da terapia freudiana ou psicanálise é, relacionando
conceitos cartesianos da mente e conceitos da hidráulica, mover (mediante a
associação livre e a interpretação dos sonhos) os pensamentos e sentimentos
reprimidos (explicados como uma forma de energia) através do consciente para
permitir, ao sujeito, a catarse que provocaria a cura automática.
Livros
Freud escreveu um grande número de livros importantes, alguns
deles foram: Psicologia da Vida Cotidiana, Totem e Tabu, A interpretação dos
sonhos, O Ego e o Id e muitos outros. Neles, o “pai da psicanálise” (assim
conhecido por ter inventado o termo “psicanálise” para seu método de tratar das
doenças mentais) responsabilizava a repressão da sociedade daquela época, que
não permitia a satisfação de alguns sentimentos, considerando-os errados do
ponto de vista social e religioso.
Segundo ele, o sexo era um dos sentimentos reprimidos mais
importantes. Naquela época essa afirmação gerou um grande escândalo na
sociedade, entretanto, não demorou muito para que outros psicólogos aderissem à
ideia de Freud. Alguns deles foram: Carl Jung, Reich, Rank e outros.
Freud só entristeceu-se por ter que lutar até a idade avançada
para que a sua teoria fosse aceita como ciência.
Existe uma única gravação de Freud feita em vida (uma entrevista realizada pela BBC), veja:
Veja o documentário da vida e obra de Sigmund Freud na integra:
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